segunda-feira, 7 de junho de 2010

Psicologia, família e vida cristã

Wellington Miranda

Ao contrário do que muitos pensam, a Psicologia não é uma religião e sim, uma ciência voltada para o estudo do comportamento humano e que, quando bem trabalhada paralelamente ‘a verdade bíblica, pode surtir efeitos extraordinários.

A Bíblia nos relata histórias vivenciadas por pessoas (Moisés, Davi, Jesus) cujo comportamento são modelos a serem seguidos e que ressaltam a importância do diálogo na construção da personalidade. Por isso, vale a pena pensar em como falamos com nossos filhos: com paciência, tolerância, amor, ou com “berros”, sem ao menos ouvir a “fala” do filho e entender sua forma de se expressar.

Em Pv. 28:21a, diz:a vida e a morte estão no poder da língua ...” Na educação dos filhos, os pais precisam estar atentos em como usam suas palavras.

Diante de “problemas” não ofenda a pessoa, mas refira-se a situação. Críticas como “burro”, “desleixado”, “preguiçoso”, atingem diretamente o cerne da personalidade, comprometendo a auto-estima e futuramente a auto-realização. As palavras ditas devem transmitir interesse pelo “assunto-problema” e não rejeição, prestando atenção se não estamos apenas ensinando a bíblia e deixando de vivê-la, ou seja, diz algo e faz outro, pois para a criança, é doloroso aceitar que os pais são mentirosos.

O tom de voz e o olhar são grandes aliados no diálogo, já que através deles pode-se sentir a rejeição ou aceitação do amor dos pais; amor este, que não se faz somente com beijos e presentes e sim, com inúmeras ações e demonstrações afetivas.

Assim fazia Jesus.Às vezes com poucas palavras, mas com comportamentos de afeto e compreensão, expressava seu amor nos momentos de dificuldades. Jesus transmitia amor, pois suas palavras tinham aceitação, suas reações mudavam atitudes e suas respostas mostravam respeito e confiança.

As críticas imediatas apenas prejudicam, distanciando as pessoas, causando danos a auto-estima e à formação da personalidade dos filhos. Manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamental para o bem estar.

“ A vida em família é onde iniciamos a aprendizagem emocional”. Aprendemos como nos sentimos em relação a nós mesmos e como os outros vão reagir a nossos sentimentos. Também é o lugar que aprendemos interpretar e manifestar nossas expectativas e temores.

Aprendemos tudo isso, não somente através do que nossos pais dizem ou fazem, mas através do modelo que oferecem quando lidam individualmente com seus próprios sentimentos e com aquilo que passam na vida conjugal.

Como temos nos comportado perante a família e a vida cristã ? Quais modelos temos seguido: talentosos ou atrozes ?

Segundo Teles (1975), “ Nenhuma tarefa é tão importante que construir uma pessoa” .

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